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Com música, teatro e conscientização, começa a campanha contra Tráfico de Pessoas em Sergipe

Pré-estreia aconteceu nesta sexta-feira (26), no auditório do MPT-SE

Uma manhã de enaltecimento à cultura sergipana marcou o início da campanha contra um grave problema no Brasil: o tráfico de pessoas. Com o lema “Sabia que pessoas estão sendo vendidas?”, o Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT-SE), o Instituto Social Ágatha e a Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo em Sergipe (COETRAE/SE) realizam a campanha, que teve a sua pré-estreia no auditório do MPT-SE, com apresentações musicais, ao som do triângulo, zabumba e sanfona, e teatral, desenvolvidas em parceria com o Grupo Raízes Nordestinas, do município sergipano de Poço Redondo.

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Com música, teatro e conscientização, começa a campanha contra Tráfico de Pessoas em Sergipe 2

A canção “Repente da Liberdade”, composta por Nino Karvan, e a peça teatral “Mais vale ser passarinho seguro no seu ninho do que voando à toa, perdido, sem ter caminho”, com texto do dramaturgo Raimundo Venâncio, retratam as propostas encantadoras de promessas de emprego e oportunidades longe de casa, que muitas vezes são formas encontradas pelos aliciadores para traficar pessoas. O intuito da campanha, que continua até 31 de julho em Aracaju, é sensibilizar a população e fazer um alerta para a existência do problema.

O procurador-chefe do MPT-SE, Márcio Amazonas, fez a abertura do evento e destacou a seriedade do assunto. “É uma alegria muito grande ver esse auditório aqui cumprindo a sua missão, congregando órgãos parceiros e sociedade civil. Buscamos tratar desse tema de forma leve, mas sem deixar de lado a gravidade dessa chaga social. Nunca podemos esquecer o peso que carrega o tráfico de uma pessoa em nosso país, especificamente em nosso estado”, afirmou.

O evento reuniu cerca de 100 pessoas, entre sociedade civil e instituições e órgãos públicos. Na oportunidade, o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região (TRT20), Jorge Cardoso, relembrou a importância da atuação conjunta das instituições. “A participação das instituições e das entidades sociais é muito positiva. Mostra que estamos todos empenhados para que as pessoas que estão cometendo esses crimes sejam identificadas e punidas. Realmente tem surgido denúncia de prática do tráfico de pessoas e nós, do Tribunal Regional do Trabalho, estamos atentos para dar prioridade na tramitação dos processos que tenham notícia da prática dessas ações criminosas”, destacou.

O secretário de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo, Jorge Teles, reforçou a parceria do Estado com o MPT-SE. “Essa é mais uma campanha que nós estamos unidos, na tentativa de trazermos luz para a sociedade. Nós vemos esses problemas acontecerem em outros estados e temos como algo muito distante, mas sabemos que isso também acontece aqui. Não admitimos mais um trabalho que não seja digno e a campanha, com certeza, vai reverberar em nossa sociedade e nos ajudar a acabar com essa mazela”, pontuou.

A presidente do Instituto Social Ágatha, que realiza a campanha em parceria com o MPT-SE, Talita Verônica, destacou a importância da socialização do conhecimento através das apresentações musicais e teatral realizadas. “Desde 2017, o Instituto Social Ágatha vem trabalhando para disseminar e socializar conhecimento, e agora com a campanha Vidas Livres, estamos na busca de levar conhecimento à sociedade, porque quanto mais pessoas souberem sobre o assunto, menos serão vítimas”, concluiu.

Para encerrar a programação do evento, o procurador do Trabalho e coordenador Regional da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (CONAETE), Adroaldo Bispo, reforçou o intuito da campanha. “Ao invés de levarmos essa realidade por meio das expressões jurídicas, buscamos, numa expressão de arte e cultura, apresentar à sociedade a informação concreta e objetiva. O Ministério Público do Trabalho aproveita o ensejo para conclamar a todos vocês: não permitam, não sejam deliberadamente cegos. Vamos reagir. Queremos demonstrar que é cultural a expressão artística e que é crime o que se faz com o cidadão vítima do tráfico de pessoas”, enfatizou.

Fonte: MPT-SE

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Katia Santana

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