Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) verificou que 38% dos trabalhadores brasileiros possuem nível de escolaridade superior exigida pelo emprego que ocupam, os sobre-educados.
De acordo com o estudo, a taxa cresceu 12 pontos percentuais em pouco menos de dez anos. Em 2012, eram 26% trabalhadores considerados sobre-educados. A proporção cresceu em 2020, e se manteve estável até 2023.
A expansão desse percentual ocorreu principalmente, conforme o Ipea, entre as pessoas com ensino médio completo e que estão em cargos aos quais é exigido apenas a formação fundamental.
Segundo os pesquisadores, existe uma “necessidade de mudanças estruturais para ampliar a oferta de empregos de melhor qualidade, de forma a adequar a qualificação dos trabalhadores às exigências do mercado de trabalho”.
A maior parte dos sobre-educados é formada por homens, conforme a análise. Além disso, a incidência é maior entre jovens. No entanto, o aumento mais acentuado aconteceu entre pessoas de 35 e 49 anos.