A vereadora e candidata a prefeita de Aracaju Emília Corrêa (PL) negou que teria feito “rachadinha” em seu gabinete durante os mandatos como parlamentar. A declaração aconteceu em coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (23), na sede do Partido Liberal (PL), na capital.
Ao portal FanF1, que denunciou o caso em reportagem nesse domingo (22), a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP-SE) confirmou a existência de um inquérito no Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap), aberto após denúncia do Ministério Público de Sergipe (MPSE).
Porém, Emília declarou não ter sido notificada sobre a investigação e disse estar à disposição das autoridades. O advogado da coligação do PL em Aracaju, Hunaldo Mota, afirmou que irá acionar a Polícia Civil para solicitar mais informações a respeito da ação.
A acusação, conforme uma fonte anônima à qual o portal declarou ter acesso, seria de que duas assessoras parlamentares de Emília fariam repasse de parte do salário à vereadora, seguido de saques mensais sequenciados ao recebimento da remuneração pela candidata – ação conhecida como “rachadinha”.
Detalhes
De acordo com a reportagem, uma das assessoras receberia 9.980,06 por mês, e a outra, R$ 8.143,67.Os beneficiários da suposta prática ilícita seriam Emília, Paulo, seu irmão, Kalina Corrêa, sua cunhada, e uma funcionária da Defensoria Pública do Estado de Sergipe.
À época já cunhada da vereadora, Kalina foi nomeada para trabalhar na Defensoria Pública em 2011, mas foi exonerada após recomendação da própria instituição, devido ao vínculo com Emília, então defensora pública do órgão.
Segundo a fonte à qual a FanF1 disse ter acesso, a funcionária supostamente beneficiada pela ‘rachadinha’ teria dado atenção especial a pessoas indicadas por Emília e à sua assessoria.