Das 75 cidades de Sergipe, 51% têm desabastecimento de vacinas, segundo um levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). No Nordeste, a proporção é de 65%.
A responsabilidade de adquirir e distribuir todos os imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação é do Ministério da Saúde. Os estados oferecem seringas e agulhas aos municípios, que, por sua vez, aplicam a vacina.
O estudo identificou 2.415 municípios brasileiros que registram falta de imunizantes, especialmente os destinados às crianças. Ou seja, em seis a cada dez cidades do país, vacinas contra doenças como varicela, covid-19 e hepatite A estão em escassez.
Em nota técnica, o Ministério da Saúde reconheceu a falta de abastecimento adequado, e afirmou que os problemas estão relacionados principalmente à fabricação, à logística e à demanda dos imunizantes.
De acordo com a CNM, a pasta informou tentar alternativas à aquisição, a exemplo de compra via Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). No entanto, há imunizantes com previsão para resolução apenas em 2025, enquanto para outros, ainda não existe resposta.