Aumentou dois pontos percentuais o número de mulheres eleitas nas eleições municipais de 2024, em comparação a 2020. Os dados são de um estudo realizado pela Consultoria-Geral da Câmara dos Deputados.
Neste ano, as mulheres representam 17,92% dos eleitos. Em 2020, somaram 15,83% do total de prefeitos e vereadores. Das 58,3 mil vagas de vereador disponíveis, 10,6 mil foram ocupadas por mulheres (18,24%), superando as 9,3 mil eleitas em 2020 (16,13%).
Além disso, 724 prefeitas foram eleitas no primeiro turno, representando 13% do total de prefeitos no país, frente às 663 eleitas em 2020 (12%).
Os resultados ainda poderão ser alterados após o segundo turno, que conta com 15 candidatas a prefeita. Até o momento, todos os prefeitos eleitos em capitais no primeiro turno são homens. Em 2020, havia 20 candidatas no segundo turno, com cinco em capitais, resultando na eleição de apenas uma prefeita de capital: Cinthia Ribeiro (PSDB), em Palmas.
Desigualdade
O Brasil ocupa hoje a 134ª posição no ranking da União Interparlamentar que mede a porcentagem de mulheres no Parlamento em 183 países. O país é o último da América Latina.
Na primeira reunião de mulheres parlamentares do G20, realizada em julho em Maceió, foram aprovadas recomendações para que os países adotem cotas, reserva de assentos e financiamento para aumentar a participação feminina no poder.
O México, que ocupa o quinto lugar nesse ranking, serve como exemplo positivo, após garantir paridade em cargos de governo e eleger sua primeira mulher presidente em 2024.