Ao ler e-mail – enviado pela Secretaria estadual de Saúde – aos profissionais que atuam na Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) informando-os sobre a supensão dos contratos a partir do próximo mês, o deputado estadual Goergeo Passos (Cidadania) revelou a sua preocupação com o “caos” que será estabelecido no setor. Na tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (10), ele disse que trabalhadores estão cobrando o cumprimento do acordo feito com o Ministério Público e a Justiça Federal, no sentido de que o afastamento ocorreria a partir da homologação do concurso, cujas provas aconteceram no último dia 2.
Georgeo disse que chama atenção o fato de no acordo prevê a realização de concurso público e não processo seletivo. “Por isso, os trabalhadores estão aqui hoje, pedindo essa sensibilidade. Afinal, se o concurso ainda não está homologado, quem irá ficar no lugar dessas pessoas que estão trabalhando desde 2014 nas unidades de saúde em Sergipe?”
O deputado comentou as dificuldades financeiras da fundação, que deve mais de R$ 81 milhões em precatórios e citou o risco para cumprir com os direitos dos trabalhadores desligados. “Lembrando que a Fundação Hospitalar de Saúde tem milhões em dívidas. Então, para garantir as verbas rescisórias desses trabalhadores se não tiver algo bem organizado, essas pessoas vão sair com uma mão na frente e outra atrás, sem direito a nada”, alertou.
Georgeo lembrou o trabalho desempenhado pelos trabalhadores da saúde durante a pandemia e a possível dificuldade deles para reinserção no mercado de trabalho, após essa situação. “Mais de 1.000 pais e mães de família que irão para o ‘olho da rua'”, frisou lembrando da terceirização das unidades de saúde, para serem administrados por Organizações Sociais – OS’s.
Com informações da assessoria parlamentar)