MPF quer que Secretaria de Saúde e Fundação substituam contratados por concursados

Nova reunião está marcada para a próxima quarta-feira, quando serão apresentadas propostas ao MPF

Em reunião, nesta quarta-feira (11), o Ministério Público Federal (MPF) propôs à Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe (SES) e a Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) que suspendam as demissões previstas para o início do próximo mês. Durante a conversa, o MPF sugeriu que sejam feitas as substituições de profissionais contratados por Processo Seletivo Simplificado (PSS), somente por servidores aprovados em concurso público. Nova reunião está marcada para o próximo dia 18, quando os envolvidos apresentarão propostas para resolver o problema.

Segundo a procuradora da República Martha Figueiredo, a medida é necessária para cumprimento do acordo judicial firmado em fevereiro de 2024 entre o MPF, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público do Estado de Sergipe, a FHS e o estado de Sergipe, em Ação Civil Pública. Figueiredo explicou que a solução garante a continuidade dos serviços de saúde, essenciais para a população.

Denúncias – A negociação com a SES e FHS foi iniciada após o recebimento de diversas denúncias relatando a divulgação de comunicado público dos órgãos sobre o encerramento gradual dos vínculos contratuais precários, feitos por meio de PSS, a partir de 1º de julho de 2025. O comunicado afirma que a medida está sendo tomada para cumprimento do acordo judicial.

Segundo as denúncias, os funcionários a serem demitidos em julho foram contratados por PSS a partir de 2009 e seriam substituídos por funcionários selecionados em PSS realizado em 2023. No entendimento do MPF e do MPSE, o acordo celebrado prevê a substituição gradativa dos contratos temporários por profissionais efetivos, aprovados em concurso público, preservando a continuidade dos serviços e a legalidade administrativa.

Compromissos – Segundo o acordo judicial, os funcionários em regime de contrato temporário da FSH devem ser substituídos pelos profissionais concursados a partir da data de início das nomeações, sendo adequado que o estado e a FHS planejem um período de transição para a passagem do serviço, de forma a evitar prejuízo ao andamento dos trabalhos e aos pacientes atendidos”, pontua a procuradora da República Martha Figueiredo. Em caso de resposta negativa, a Procuradoria-Geral do Estado deve enviar comunicado por escrito antes do prazo acordado.

Quanto às vagas não abrangidas pelo concurso, a FHS e a SES se comprometeram a apresentar ao MPF quais são as categorias de contratos temporários que não estão contemplados no concurso, com seus respectivos quantitativos. Também devem enviar a comparação entre o número de vagas contempladas no concurso e a quantidade de contratados temporários em cada categoria.

Assessoria de Comunicação
Ministério Público Federal em Sergipe

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Katia Santana

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