Agentes da Polícia Federal, equipes do Ministério Público do Trabalho em Sergipe e Auditores-Fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) deflagraram a Operação Desilusão, na manhã desta sexta-feira (5), em Aracaju.
Em três endereços da capital sergipana, as equipes cumpriram mandados de busca e apreensão e fiscalizaram o alojamento de uma suposta empresa, no Bairro Santo Antônio, zona norte de Aracaju. O local é uma casa, onde vivem funcionários que afirmam comercializar produtos magnéticos.
Nas primeiras horas da manhã, as equipes foram até o endereço para verificar as condições de moradia e alimentação. Foram encontrados cinco trabalhadores. Alguns são de Sergipe, outros vieram de estados vizinhos, a exemplo de Alagoas e Bahia.
Operação Desilusão
As investigações começaram após provocação do MPT-SE. “Após uma advogada ajuizar uma reclamação trabalhista em favor de quatro trabalhadores, ela resolveu fazer a mesma denúncia ao MPT, alegando uma série de irregularidades, dentre elas condições análogas à de escravo. Instauramos um procedimento e acionamos a Superintendência Regional do Trabalho e a Polícia Federal”, explicou o procurador do Trabalho Adroaldo Bispo.
Equipes fiscalizaram alojamento, localizado em Aracaju
A investigação foi instaurada com o objetivo de apurar denúncia de exploração de pessoas socioeconomicamente vulneráveis, que seriam submetidas a jornadas exaustivas de trabalho, sob a falsa promessa de receberem mais de um salário mínimo por semana. A denúncia apontava, ainda, que, em razão da remuneração variável, dependente da produção, as vítimas permaneciam mais de 10 horas por dia na rua, tentando vender produtos, muitas vezes tendo que trabalhar mesmo doentes.
(Com informações do MPT-SE e da Polícia Federal)