No último domingo (27), Emília Corrêa (PL) foi eleita para comandar a Prefeitura de Aracaju pelos próximos quatro anos, com 57,46% dos votos válidos. A vitória foi sobre Luiz Roberto (PDT), que ficou em segundo lugar, com 42,54%.
Primeira mulher eleita prefeita da história da capital, Emília, 62, está no terceiro mandato de vereadora por Aracaju. Ela, que é natural do município de Lagarto, é advogada, defensora pública de Sergipe aposentada e comunicadora de rádio e televisão. Além disso, já foi presidente da Comissão de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE).
Na esteira de programas televisivos e radiofônicos na capital sobre direitos e garantias fundamentais da população, Emília se candidatou à Câmara Municipal de Aracaju (CMA) em 2012, obtendo 3.952 votos. Porém, não foi eleita, e ficou na suplência.
No ano seguinte, assumiu o mandato após o afastamento do vereador Nitinho Vitale (PSD), à época no DEM, para integrar a gestão municipal do então prefeito João Alves Filho. Em 2016, Emília conseguiu se eleger ao Parlamento, sendo reeleita em 2020. Ela fez parte da oposição na CMA ao governo do atual gestor da capital, Edvaldo Nogueira (PDT), cujo o indicado para a sucessão foi derrotado por ela nas urnas.
Em 2018, Emília tentou alçar voo mais alto, mas não decolou: foi candidata à Câmara dos Deputados, mas, apesar dos 52.921 votos, não alcançou a vaga. Em 2022, foi vice na chapa encabeçada de Valmir de Francisquinho (PL) ao Governo de Sergipe, impugnada pela Justiça Eleitoral.
Câmara e propostas
Declaradamente de direita, as principais bandeiras da prefeita eleita na CMA envolveram a defesa dos direitos das mulheres, cobrança à zeladoria da cidade e denúncias relacionadas a serviços públicos municipais, como saúde e transporte público.
Durante a campanha eleitoral, as principais propostas apresentadas por Emília, que tem como vice o vereador Ricardo Marques (PSDB), incluíram o congelamento do IPTU, ações de prevenção a enchentes, melhorias no transporte público, criação de um hospital veterinário municipal e o estabelecimento do Centro de Atenção e Acolhimento Materno Infantil.
O plano de governo de Emília pode ser acessado clicando aqui.
