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Procurador aponta falhas na licitação do transporte público de Aracaju

Entre as irregularidades observadas está a ausência de previsão orçamentária para o pagamento do subsídio tarifário

Foto: Ascom PMA

O procurador-geral Eduardo Santos Rolemberg Côrtes, do Ministério Público de Contas do Estado de Sergipe (MPC-SE), apontou falhas graves no processo licitatório do transporte público da regição metropolitana de Aracaju. No documento, recomendou-se aplicação de multa administrativa e encaminhamento do caso para Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese).

Segundo o parecer do MPC-SE, entre as principais irregularidades observadas está a ausência de previsão orçamentária específica para o pagamento do subsídio tarifário, em desacordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal e a nova Lei de Licitações (nº 14.133/2021). O órgão destaca, também, que os contratos foram assinados sem a devida indicação dos créditos orçamentários que garantiriam os pagamentos, comprometendo a transparência e o planejamento fiscal dos municípios envolvidos.

O parecer sugere ainda que seja dada ciência ao Consórcio do Transporte Público da Região Metropolitana de Aracaju, aos prefeitos e às Câmaras Municipais dos entes consorciados sobre as irregularidades identificadas. O parecer será analisado pelo Pleno do Tribunal de Contas (TCE).

Valor das tarifas

De acordo com o MPC-SE, outro ponto crítico apontado foi a alteração significativa no Índice de Passageiros Pagantes Equivalentes (IPKe), que impactou diretamente o valor das tarifas. Conforme a análise, houve redução na frota total de 503 para 473, com consequente diminuição na capacidade de transporte, ao mesmo tempo em que as tarifas de remuneração aumentaram consideravelmente, passando de R$ 6,322 para R$ 8,437 no Lote 1 e de R$ 6,193 para R$ 7,917 no Lote 2.

O MPC também identificou fragilidades na análise da capacidade econômico-financeira das empresas vencedoras. Para o órgão ministerial, a ausência de exigência de índices contábeis mínimos permitiu que empresas com situação financeira preocupante fossem habilitadas no certame.

(com informações do MPC-SE)

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Katia Santana

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